terça-feira, 30 de junho de 2009

Roteiro do fim do mundo

Isso da morte do MJ me fez pensar. A vida é curta demais e se a gente não se cuidar, fica cada vez mais sem graça...
Como de acordo com os maias a até mesmo algumas previsões cristãs, o mundo deve acabar (ou pelo menos mudar de status) em 2012, como uma mulher prevenida, eu elaborei um pequeno roteiro das minhas atividades antes de prestar contas lá em cima. Segue:
- Começarei viajando à NY, onde visitarei as casas de shows em que minhas bandas favoritas tocaram e fizeram história, e vou visitar todo local de relevância cultural para o rock, o pop e o cinema;
- Farei compras alucinadas na Virgin Records pelo prazer de gastar e para ir à forra das várias complicações financeiras que em me meti/me meteram. Usarei um cartão de crédito falso com o nome do meu ex (o mais recente, só pra deixar claro!);
- De lá para Los Angeles, onde visitarei o túmulo de MJ (que merda, que merda!) e onde deixarei uma faixa: "Estou pau da vida por você ter ido, mas já te encontro. Com amor, Sabrina";
- Visita a todos os estúdios de Hollywood para dar uns pegas em que aparecer: Hugh Jackman, Robert Pattinson, Keanu Reeves, tudo sem fazer muita seleção, se der pra ser mais de um por vez, melhor, que poupa tempo;
- Visita à casa mocada onde Axl Rose se esconde (se ele durar até lá, porque do jeito que as coisas vão...). Orgias máximas de tequila, cigarros e sexo selvagem ao som de Welcome to The Jungle.
- Passo em Brasília, onde organizo uma festa com meus melhores amigos, e terei a condescendência máxima de colocar TODO MUNDO que me encheu o saco nessa vida pra trabalhar de garçom ou na faxina;
- Levo minha sobrinha e irmã menor ao parque, no tobogã, meu brinquedo favorito (e o único que tenho coragem relativa de enfrentar);
- Velejo com meu pai e compro uma dúzia de cachorros de presente pra minha mãe;
- Abraço minha irmã do meio e me esforço prá que ela entenda meu amor por ela;
- Vou pro Rio. Vejo meu primo tocar. E aguardo o juízo final em Ipanema, com uma garrafa de espumante.
E você? O que faria se soubesse que o mundo iria acabar?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael

Sabe como algumas pessoas são lembradas por seu sotaque, outras por suas roupas extravagantes, outras ainda por seu apreço por uísque? Pergunte a qualquer pessoa que me conheceu desde o início da adolescência e você saberá o que chamava atenção em mim, além da minha verborragia, sarcasmo e habilidade com as palavras: era minha imensa admiração por Michael Jackson.

Michael e eu nos "conhecemos" quando eu tinha ainda treze anos. Numa tarde chuvosa de novembro, há quase quinze anos atrás, a extinta TV Manchete apresentou um especial com todos os clipes disponíveis dele, em preparação para os dois shows que ele faria em São Paulo algumas semanas depois. Eu tinha até então muito poucas referências de música pop, e sabia simplesmente que Michael Jackson era o cara "do clipe do lobisomem"; mas, naquela noite, depois de ser submetida a quase duas horas ininterruptas da magia que aquele homem produzia com sua voz e seu corpo, eu fui dormir apaixonada e embevecida: Michael Jackson passou a ser parte da minha história, da minha juventude e, ouso dizer, o árido terreno da adolescência foi para mim bem mais suportável porque ele existiu.

De lá para cá eu me tornei mulher e Michael se tornou aquilo que você acredita que ele era. Não importa, na verdade. Michael era tão superlativo, tão genial e tão maravilhoso que qualquer título ou classificação, qualquer palavra boa ou má, qualquer piada ou elogio que você atribua a ele era simplesmente pouco, muito pouco, diante do que ele representava - e vai continuar representando - para a música e para o mundo. Pense comigo: como defini-lo? Como traduzir em palavras - nada mais que um ajuntamento de letras - uma pessoa, um músico, um artista, que ultrapassava barreiras físicas, morais, étnicas, culturais? Clichês à parte, este pequeno planeta aqui nada mais era para ele do que um palco; e ele o dominou pelo tempo que aqui esteve.

Sim, porque venham tantos Justin Timberlakes quanto vierem, surjam tantos Jonas Brothers e Ushers e Britneys quanto a máquina da mídia conseguir produzir, eles são, coitados, meros coadjuvantes. Não havia música pop mais completa, rica e palatável do que a que era composta, cantada e dançada e por Michael Jackson.

Sem falar da emoção. Quem não sente uma nostalgia infantil ao ouvir Billie Jean ou não exclama "incrível!" ao ver o clipe de Black or White, ou ainda não fica arrepiado ao ouvir os primeiros acordes de Will You Be There, sinceramente, merece ser questionado quanto a sua capacidade de reação. Falta um bom pedaço do coração àquele que repudia a arte de Michael Jackson.

Quanto à personalidade controversa dele, quanto às (nunca provadas) acusações, quanto à sua aparência, eu nada tenho a dizer. Tenho minhas convicções quanto ao caráter dele. Mas, como afirmei antes, não importa. Tanto não importa que, agora à noite, quando conversei com um jornalista de um jornal local, em nenhum momento ele me perguntou o que eu achava do nariz de Michael, de sua pele multicor ou de seu hábito de se fantasiar com máscaras cirúrgicas: ele perguntou o que eu sentia e o que Michael representava para mim.

Eu digo: Michael era como um amigo distante. Geograficamente distante. Sabe quando conhecemos alguém, essa pessoa se torna muito querida e o destino nos afasta e nunca mais tornamos a vê-la? Pois Michael era isso, o amigo querido que infelizmente nunca vi. Sua música me emocionava e alegrava, sua dança me embevecia e suas aparições públicas sempre aguçavam minha curiosidade. Sei muito de sua história pessoal e musical, li e vi muita coisa sobre ele, escrevi sobre ele em várias fases de nossas vidas - minha e dele - tenho uma vasta coleção de discos, revistas, vídeos, acompanhei seus casamentos, o nascimento de seus filhos, seus shows pelo mundo, suas raras entrevistas, sei de cor piadas que ele fazia até sobre si mesmo - ele era extremamente inteligente e tinha grande senso de humor - e o que eu sinto, hoje, no dia de sua morte (palavra pesada que não se deveria aplicar aos mitos), é uma grande saudade. E me aproprio das palavras de outro artista, Renato Russo: saudade que eu sinto de tudo o que eu não vi.

Porque Michael se foi muito antes do que deveria. Muito antes de eu desenvolver a capacidade de compreender o mundo sem ele. Ele tinha ainda que se apresentar a um público ansioso que o aguardava em Londres, lançar mais alguns discos, criar mais algum burburinho na mídia, se aposentar em alguma mansão da Califórnia ou do Barein e aí então...

Mas o coração do homem que reinventou e sustentou a música pop durante cinquenta anos de vida e praticamente quarenta e cinco de carreira estava fraco demais. Talvez porque ele exigisse muito de si mesmo, mas muito provavelmente também porque exigiram muito dele. E não houve qualquer traço de indulgência do mundo em relação a Michael Jackson nos últimos anos. Estranho, porque sabemos ser tão lenientes com pessoas que comprovadamente lesam o próximo (Sarney, só para dar um exemplo atual), mas não houve benefício da dúvida para Michael. O artista que afetou a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo com sua música era um completo alienígena para a maioria de nós.

Mas não para mim. Eu sou grata por ele ter existido, emocional e bobo que isso pareça. Para mim, Michael fazia muito sentido, todo o sentido do mundo. E é por isso que me permito algumas lágrimas e um profundo pesar pela morte do meu amigo: o maior artista pop que já existiu.

Vá em paz, MJ. Sentirei muita, muita saudade.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Momento Alanis Morissette, Me Abana !!!

(uma variação do momento Jesus, Me Abana, que inclui homens bonitos que, ao contrário dos outros membros dessa nobre lista, não me apetecem de qualquer outra forma e só estão aqui porque são realmente....hmmmm... saudáveis)

Então, então, então...enough of Kate Winslet’s hideous hairy armpits! Vamos celebrar a sexta-feira limpando os zóio?? Estou cada vez mais convencida de que os EUA, assim como quase pararam de fabricar carros com a crise, estão gradualmente deixando de fazer homens bonitos. Cada vez mais aparecem verdadeiras celebrações à Adonis no Reino Unido, Austrália e Canadá. E VIVA O CANADÁ POR ISSO!
Vejam que coisa mais, mais ___________ (preencham com sua sugestão de pensamento pecaminoso...linda? tesuda? maravilhosa? Que me faz querer largar o troncho que tenho em casa??? Enfim!)
Não me lembro de ter visto nenhum filme com Ryan Reynolds a não ser Horror em Amytiville (que faz jus ao nome, uma bela bosta!) e Wolverine, maaaaassss...my oh my... bem que vale pagar uns “dez real” na promoção de quarta pra ver um trem desses, hein??
Em tempo: ele é ex-noivo/marido/caso da D. Alanis, acima mencionada...no wonder a moça vive tão depressiva e batendo a cabeça...
Now excuse me while I go have a date with my hmmmm...imagination, hehehehheheh...
(E o que são essas bóias ridículas, pelo amor??? ALOOOOUUUU, PRODUÇÃÃÃÃÃOOOOO!!!)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Blergh! (ou porque Twilight é muito mais higiênico que a maioria das obras de ficcção)

Então...depois de cinco meses mergulhada no Universo Meyer, eu comecei a procurar alguma coisa interessante, empolgante e romântica para ler. Segui a sugestão de uma amiga e peguei emprestado O Leitor, de Bernhard Schlink.
Meu comentário sobre o livro é que a culpa é minha por não ter gostado. A narrativa seca e sem floreios me desempolgou. Os capítulos são absurdamente curtos e às vezes eu tinha a impressão de que o autor poderia ter explorado mais a (aparente) complexidade de seus personagens. Seguindo uma linha parecida, de um tímido adolescente que é iniciado sexualmente por uma mulher alemã de forte personalidade, houve um livro de que gostei bem mais, chamado Amar, verbo intransitivo, de Mário de Andrade. Além do mais, não ajudou eu ficar a todo momento esperando que aparecesse o vampiro gostoso que iria tornar a história cem por cento interessante... :)
Bom mesmo foi que dei o livro de presente e se o amigo a quem presenteei está lendo isso agora ele deve estar bem feliz com a minha escolha. Desculpa, querido, juro que foi bem recomendado!!! Da próxima, vou me garantir e te dar algum presente que contenha álcool...sorry... :(
Já o filme...bom, vi o filme com uma grande amiga minha no sábado passado, num desses dias em que ambas tiramos para tirar o atraso da conversa e dos DVDs acumulados. Já tínhamos visto Crepúsculo (a primeira vez dela e a trigésima nona de yours truly), o Menino do Pijama Listrado (vejam, vejam, vejam, MUITO BOM!!!) e havíamos feito tentativas frustradas de ver Trama Internacional, com o Clive Owen (filme de dar nó no cérebro, muito confuso, daqueles que têm o final no meio, evite após as refeições!), Click (meu DVD odeia tanto Adam Sandler que se recusou a rodar) e O Casamento de Rachel, que estava sofrendo de um leve delay, com as falas saindo aproximadamente cinco minutos depois dos personagens fecharem a boca. Não houve jeito, então, e vimos O Leitor. Eu ainda não havia terminado de ler, mas pensei:"o que de tão revelador pode haver no filme?" - ARRÁ!!! Antes tivéssemos revisto todas as temporadas de Dawson's Creek, eu hoje não me encontraria nesse estado de trauma!
Começa que logo na primeira cena o personagem principal vomita BALDES. E eu ODEIO essas cenas realistas!!! Poderia ter gostado muito mais de Kids se a cena em que um dos moleques se masturba não fosse tão detalhadamente nojenta! Mas enfim...
Estávamos lá as duas concentradinhas, vendo uma das vinte cenas de sexo protagonizadas por Kate Winslet e pelo moleque que eu não vou me dar o trabalho de procurar o nome quando...pan! - algo negro chama nossa atenção. Em princípio, uma não falou nada pra outra, no evidente constrangimento que a imagem produziu, mas uns cinco mintos depois, a minha amiga:
- Escuta, você viu...
E eu:
- Não tenho certeza, será que era?
- Cara, não é possível!
- Volta aí.
Voltei. Congelei a cena. Era. Era mesmo. Lá estava ele, tomando toda a tela. O escuro, enorme, e arrasador SOVACO CABELUDO DE KATE WINSLET!
Constatada a verdade pungente, eu e minha amiga soltamos em uníssono um estrangulado:
-AAAAAAAARGGHHHHHHHHHHHH!!!!!
Coisa nojenta. Era muito, muito cabelo. Tipo...trança.
Acabou a poesia. Acabou o lirismo. Acabou o romance. Dessa cena em diante, depois de uma crise de riso praticamente incontrolável, toda a nossa concentração no filme foi pra cucuia. A partir de então, só o que fazíamos era aguardar um novo flash do sovacão, procurando avistá-lo em todas as cenas (pra poder fechar os olhos a tempo e não sermos pegas de surpresa por uma exibição em close que poderia prá sempre queimar nossas retinas!) numa atitude meio "onde-está-o-Wally" de sovaco.
E ele apareceu, pelo menos mais umas duas vezes. Sem brincadeira, eu espero que seja um sovaco "cenográfico" ou até mesmo digital, porque se a Kate Winslet entregou o corpo à ação da natureza eu...sério, eu não quero nem pensar!
Quando já estávamos quase conformadas com os excessos capilares das axilas de Mrs. Winslet, surge a cena do banho( há várias cenas de banho e de sexo no filme, então dá pra se imaginar que são duas horas de tentativas constantes de se preservar a vista). Lá está Kate, esfregando vigorosamente o rapazinho, que por sua vez está de pé numa banheira. Aí então a câmera se afasta e o moleque aparece em nu frontal. Minha espirituosa amiga grita:
- Aaaaaaaah nãããããoooo!!! Bushes, bushes, bushes!!!!
A quantidade de pelos pubianos que adornava a "torneirinha" do indivíduo, se retirada e transformada em peruca, faria inveja à Cláudia Ohana, Sônia Braga e Elba Ramalho JUNTAS. Que c*r*lho de filme é esse, em que todo mundo vai normal até um certo ponto (as pernas de Kate estão lisas como quem depila a laser) e chega nos lugares mais improváveis e BAM! - uma mata atlântica se revela?
E não me venham dizer que é assim mesmo, que européia não se depila(va), ainda mais nessa época. Primeiro que o livro, embora descreva bem o físico de todos os personagens, em momento nenhum menciona os cabelos que não estejam na cabeça. Depois, tenho certeza que nem o mais exigente crítico de cinema iria se incomodar se visse as axilas de Kate depiladas e lisinhas, ninguém sairia do cinema dizendo "não gostei do filme, onde estão os sovacos cabeludos?".
Depois dessa, desistimos de ver qualquer outra coisa. Sabe-se lá o que mais poderia aparecer. Além disso, já vai ser suficientemente perturbador imaginar a quantas anda a "mata" da Sra. Winslet toda vez que a virmos glamurosa em seus Versace, no tapete vermelho do Oscar.
Uma dica aos produtores: realismo tem limite. Se as axilas de uma atriz conseguem chamar mais minha atenção do que a história, tem algo errado, e não é comigo.
É por isso que eu continuo gostando dos limpos, perfumados, bem vestidos e bem "aparados" vampiros de Crepúsculo. Vampiros podem não existir, mas eu prefiro fingir que sovacos femininos cabeludos também não.

Kate Winslet, belíssima em Titanic, provando que em 1908 já havia gilete.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Namorados e Facas Ginsu

Se você tem companhia para comemorar a data de amanhã, parabéns! Se você não tem, felicito-o(a) igualmente. Muita gente não sabe, mas ter namorado(a) é mais ou menos a mesma coisa que adquirir um jogo de Facas Ginsu. A gente fica na maior felicidade com as “mil e uma utilidades” de ter uma companhia, mas ao mesmo tempo tem que estar consciente que a “aquisição” não é, em absoluto, a solução de nossas vidas.
Quando eu ainda estava cursando o Ensino Médio lembro que o 12 de junho tinha um impacto tão significativo (especialmente nas meninas), que chegava a ser engraçado. Ao final das aulas, a recepção do colégio estava abarrotada de buquês, cestas, bichos de pelúcia, o diabo. Por um lado, pareciam as boas-vindas em um hotel pra uma estrela hollywoodiana qualquer. Por outro, era meio parecido com um funeral de rico: de um lado, os herdeiros (leia-se as meninas que haviam recebido buquê) sorriam disfarçadamente, orgulhosas de serem objetos de tanta “idolatria”; do outro, os parentes esquecidos do testamento (neste caso, as solteiras ou com namorados “distraídos”), secretamente amaldiçoavam as bem-amadas, as floriculturas e até o próprio Santo Antônio, enquanto exibiam sorrisinhos amarelos de “é... sou solteira / meu namorado se esqueceu, e daí?”.
Havia ainda as pobres vítimas dos presentes bregas, como uma ex-amiga que, à saída das aulas, foi avisada que havia uma imensa faixa rosa-fosforecente com seu nome e uma melosa declaração de amor escrita pendurada bem no portão de entrada do colégio. A vergonha (seguida de uma hilária crise de raiva) foi tanta que ela foi incapaz de ir até lá retirar o trambolho. Implorou para que algumas colegas (entre elas, eu) fossem lá e dessem um fim no elefante-cor-de-rosa, que acabou enrolado e enfiado na lixeira, diante da risadaria geral.
Agora que já estou “crescidinha” (há controvérsias...) vejo que a agonia daqueles tempos (sim, até praticamente o fim do meu terceiro ano eu fazia parte da metade “desfavorecida”) foi completamente em vão. Isso porque acho que, com minhas poucas – porém mais do que válidas – experiências aprendi que de nada valem flores, bombons, declarações (ou seja, todas as maravilhosas surpresas das Facas Ginsu), se elas não vêm acompanhadas de compreensão, carinho, cumplicidade e, mais do que qualquer coisa, respeito (na minha analogia maluca, seria uma espécie de “manual de instruções”). Tem muita gente que parece não saber, mas, muitas vezes, amigos e parentes são tão ou mais eficazes na boa execução do manual de instruções do que qualquer namorado(a).
Sendo assim, não adianta, ao se estar solteiro(a), procurar “engatar” num namoro só porque ele aparenta ter vantagens “que nenhum outro produto do mercado apresenta”. É desperdício de energia, tempo, até de dinheiro (já que muitas relações são movidas a isso, infelizmente). É importante não se deixar seduzir pela “propaganda”, pela pressão social, por nada disso na hora de adquirir suas “Facas Ginsu”. Elas podem ser ótimas para “aparar arestas” mas, definitivamente, não vão “quebrar todos os galhos”.

Feliz Dia dos Namorados!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Bella Swan, The Identity Buster presents...

Auto-zoação é o futuro (parte I)

You're impossibly fast, and strong...



Your skin is pale-white and ice-cold


Your eyes change colour




...and sometimes you speak like you're from a different time



You never eat or drink anything



You never go out in the sunlight


I know what you are!



Say it! Say it out loud!!!



No.




No, no, no, no, no....

No, man, NOOOOO!!!

S-s-sooo yo-yo-you a-a-are...

Yeppers.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Crônica triste

Escrevi isso há quatro anos atrás e por acaso achei, no "fundo do baú" do meu HD. Muita coisa não se aplica mais e - meu Deus - como eu chorei nos últimos dois anos!! Parece que alguém "lá em cima" ouviu minhas "reclamações"...mesmo assim, acho que é um texto bonito demais para ficar guardado...

Queria terminar minha vida em choro...e penso que não há nada de errado nisso! Diz-se por aí que, na hora da morte, o maior desejo de qualquer cidadão de bem é fazer uma tremenda reflexão e descobrir-se “realizado”...bobagem! A maior delícia possível no fim dos meus dias seria um pranto tão profundo e sentido, que dele somente a morte me libertaria e me faria descansar.
Antes de ser taxada de mórbida ou depressiva, é importante esclarecer que os momentos mais marcantes da minha vida, pelo menos até hoje, não me fizeram chorar. Ou antes, me fizeram chorar bem menos do que a maioria das pessoas “normais”, nas mesmas condições. A separação dos meus pais, a primeira decepção amorosa, a morte da minha avó, a entrada na faculdade, as dificuldades do primeiro emprego, o nascimento da minha sobrinha...as saudades...todos esses eventos, seguramente muito emocionantes, apesar de sua importância arrancaram de mim não mais que duas colheres-de-chá de um choro vagabundo.
No fim do filme romântico, por exemplo, eu sou aquela que dá um meio-sorriso triste e se levanta de olhos secos, um pouco sem graça de não participar da comoção generalizada. Lembro-me até hoje da morte do Ayrton Senna, eu com 13 anos observando adultos chorarem, penalizada, mas sem derramar uma lágrima sequer.
O fato é que, assim como só começo a me interessar por determinada música ou programa de televisão depois que ninguém mais está achando graça, creio também que tenha um delay gravíssimo de choro, e todos os meus “grandes” prantos parecem que têm se acumulado ao longo dos anos, visto que recentemente tenho tido quase que um sufocamento, tamanha vontade de, literalmente, sentar e chorar. Motivos tenho alguns, é verdade, mas nada tão extraordinário que não pudesse ter feito essa vontade louca aparecer há, digamos, dois anos atrás.
Será que é isso? Aumenta-se a idade e, progressivamente, chora-se menos na vida? E por que será que sinto necessidade do inverso? É estranho, pois tenho convivido nos últimos três meses quase que diariamente com um bebê, e estes choram por manutenção de suas necessidades vitais e, portanto, choram muito. Crescendo, o choro serve a outros propósitos, alívio de tensões e expressão de emoções fortes. Porém, considerando que na vida uma pessoa certamente sente mais fome do que, sei lá, saudades, que lógica é esta que me faz pensar que não estou chorando tanto quanto devo?
Talvez eu esteja fazendo isso. Talvez eu esteja guardando todos os bilhetes, as dedicatórias de livros, as rosas secas, as decepções, as saudades, a sensação de falta de objetivo, os sorrisos da minha sobrinha e as palavras duras para um grande choro definitivo, final. E apesar de não poder prever quando ele poderá acontecer, a simples idéia me reconforta e, até – olha o paradoxo – me faz sorrir.


07/11/2005.