domingo, 30 de agosto de 2009

29 de agosto

Esse texto não é meu*, mas certamente eu não poderia ter escrito melhor.

"Michael Jackson, se estivesse vivo, completaria hoje 51 anos. Diz a lenda que ele começou sua carreira profissional aos 09 anos de idade... Bom, a lenda diz isso, porque um garotinho de 11 anos cantando como um homem maduro seria muito interessante, só que um de 09 seria mais ainda, não é mesmo? Foi então aos 11 anos que Michael Jackson entendeu que seria um criador de lendas, um vendedor de fantasias, um contador de estórias.

De lá para cá, ele se vestiu de lobisomen, inventou passos antigravitacionais, cantou em falsete, morou na Terra do Nunca, refez o rosto, mudou de cor, espalhou estátuas gigantes pelo mundo, fez compras de pijamas, etc, etc, etc... até o dia em que deixou o palco em pleno Plantão da Rede Globo para derrubar o Google e parar o mundo.

Um homem nunca tinha feito nada disso antes. Na verdade, um homem nunca fez isso e nunca o fará. Michael Jackson nunca foi um homem, foi um sonho sonhado por um garotinho de Gary e vivido por milhões espalhados pelo mundo. Se queriam um monstro, faziam dele um monstro. Se queriam um guerreiro, ele seria o guerreio. Vai aí um garotinho inocente ou um mega-empresário? Peter Pan ou Don Juan, afinal? Depende de qual for sua fantasia mais secreta, meu bem.

Cada um fez seu próprio Michael Jackson, projetando nele o que havia no fundo do seu próprio ser... de bom ou de ruim. Um homem apenas jamais poderia ter sido Michael Jackson. O mundo foi Michael Jackson. Quando o epicentro desse mundo saiu de cena no dia 25 de junho, era como se uma doce ilusão tivesse se esvaecido no ar. Um tsunami na terra da fantasia. Como se a realidade cinza e opaca nos oprimisse de repente com toda sua brutalidade. Até quem o odiava chorou. A quem odiar agora? Quem seria o monstro? Quem o amava morreu um pouco por dentro. A quem amar agora? Quem seria o herói? Nem os médicos queriam acreditar. Ao contrário do que manda a prática, trabalharam nele por horas tentando reanimá-lo. Quem ousaria declarar o óbito de um sonho?

Porém, depois da tragédia, por mais que doa a saudade do nosso mágico de Oz, já entendemos que a magia não morre. Como cada um de nós sempre construiu um Michael Jackson para chamar de seu, assim, ele será conservado em cada coração. É isso a imortalidade, afinal. É deixar de ser homem em um ponto físico do espaço para ser um refúgio encantado na mente de tantos. Michael Jackson está vivo e completa hoje 51 anos. Parabéns para todos nós! "



*Fonte: MJ Beats (http://www.reidopop.com/mjbeats/showthread.php?t=17246)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O gato

Ok. Anos sem escrever. Eu sei, eu sei!! Assim não há carreira de jornalista que tenha futuro! Mas houve motivos, ora se houve! Eis o primeiro deles:

Ganhei um gato. Não, não foi bem assim, adotei um gato abandonado. Eu amo gatos, e felinos em geral. Uma das maiores frustrações da minha vida é nunca ter visto um tigre de perto. Eu teria um em casa, se isso não implicasse em minha morte eminente e se o condomínio aceitasse tigres (hahaha). No meu escritório, há três grandes quadros: um leão, um leopardo e um tigre branco. Enfim, felinos são tudo de bom. Mas para entender esse gato é preciso que eu conte uma historinha.

Quando eu tinha dez anos, mais ou menos, "criei", escondida da minha mãe (que sempre foi uma "adoradora de cachorros"), uma gata malhada cinzenta que estava prenha; eu todas as noites abria a janela do quarto e ela aparecia, e eu dava comida e brincava com ela até que minha mãe vinha me dar boa noite e eu tinha que tirá-la do quarto...era provavelmente a gata mais bonita que eu já vi e, por causa dos olhos amarelos, eu coloquei o nome de Natasha. Aquela, da novela Vamp. Lembram?
Uma noite, a Natasha sumiu. Acho que foi ter seus bebês e se "esqueceu" de mim. Fiquei chateada, em princípio, mas depois entendi que essa é a natureza dos gatos - e de muitas pessoas, também: elas passam por nossas vidas por um momento, estabelecem uma relação e depois se vão. Eu não gosto de que chamem os gatos de "traiçoeiros", porque eles não o são e, mesmo que fossem, seriam mais parecidos com os humanos em "personalidade" do que os cachorros. Cachorros são fiéis, alegres, em geral bondosos e fazem o que conseguem para agradar quem gostam. Eu não conheço muitas pessoas assim.

Voltando ao presente, minha mãe me ligou semana passada dizendo que uma colega de trabalho dela tinha achado um gatinho preto de meses de idade que miava de fome. Perguntou se eu queria. Claro que sim, eu disse, e a colega da minha mãe o recollheu e levou para uma clínica veterinária, onde ele foi alimentado, limpo e vermifugado. Tudo maravilha. Fiquei super animada e fui buscá-lo já com um nome na cabeça: Michael. Coincidentemente era um gato negro, mas se ele fosse de qualquer cor teria o mesmo nome *** pausa para você que não gosta de MJ pensar na sua piada, e para você, que é inteligente, entender porque não importava a cor do gato para ter esse nome***

Enfim, cheguei lá e foi amor à primeira vista: Michael tinha por volta de 3 meses, patas bem grandes, uma cauda bonita e era extremamente afável. Mesmo sendo de rua, tinha um ótimo temperamento e não arranhou ninguém da clínica, e se deixava acariciar sem problemas. Levei-o para casa já munida de gaiola, arranhador, ração, caixa de areia, etc. Montei todo o "circo" para Michael e peguei dicas com alguns amigos "gatólogos", parecia que ia se estabelecer uma longa e feliz amizade entre eu e meu gatinho.

No caminho pra casa, Michael, sem querer, me deu uma arranhadinha. Entendo, ele estava assustado com a gaiola. Não doeu nem sangrou mas, imediatamente, o local inchou e ficou vermelho feito picada de mosquito. Pensei: que beleza, acho que sou alérgica. Mas, quem me conhece, sabe que minha teimosia e vontade superam qualquer coisa. Deve ser, pensei, falta de costume. Depois isso passa.

Em casa, dei uns espirros (tinha começado a chover e eu achei que poderia estar pegando um resfriado), e senti uma "leve" coceira, tipo em mim TODA, ao lidar com o gato. Mas achei que com o tempo ia passar. De fato, diminuiu com o passar das próximas horas, mas não acabou. Mas o pior ainda estava por vir.
De noite, o bichinho, que vai ver tinha insônia, ou estava acostumado com essa vida boêmia de dormir de dia e gandaiar de noite, "passeou" toda a madrugada, especialmente por minha cabeça. Se dormi três horas, exausta, foi muito. Além do que, desacostumada com uma "presença viva" em minha casa, cada vez que o gato pulava na cama eu acordava e meu coração ameaçava sair pela boca. Cheguei mesmo a gritar: AAAAAAAHHHH, UM GATOOOOO!!! - pra em seguida, emendar em voz baixa: o meuuuuuuu... . Foi patético.

Mas o tiro de misericórdia foi porque Michael ainda não tinha treinamento em "toalete" e, claro, não procurou institivamente a caixa de areia - duas, eu havia comprado! - quando precisou fazer suas "necessidades". Fez lá mesmo no pufe da sala, jurando que aquele assento de couro tinha boas propriedades "enterrativas" (pra quem não sabe, os gatos, bichos que só podem ser virginianos de tão limpos, procuram sempre enterrar suas fezes). Quando fui limpar aquele "serviço", desencadeou-se uma crise de espirros MONSTRA, sendo que espirrei DOZE vezes seguidas, aqueles espirros arrancados do fundo da alma, que chega deixam tonta. Tive que me segurar pra não cair. Em seguida, numa reação alérgica que seria a glória de qualquer indústria de cosméticos, meu rosto MUDOU DE FORMA, inchando e se repuxando, e eu fiquei com a boca aproximadamente do tamanho da boca da Angelina Jolie. Meus olhos lacrimejaram e eu tive um acesso de coceira tão violento que considerei me esfregar no asfalto pra aliviar. Minha glote fechou e minha voz sumiu, e fiquei o resto da noite dando uma de cover da Tina Turner. Very sexy. Conclusão: o gatinho equivalia, ao meu organismo, a ser jogada dentro de uma urtiga gigante.

Cheguei na casa de uma amiga (se eu dormisse perto do gato corria o risco de eu encontrar o verdadeiro Michael - no pós-vida!) naquele estado alérgico máximo. Isso era sábado à noite, pouco mais de 24 horas depois de ter pego o gato pela primeira vez. Certamente, a relação dono-bicho mais curta que já existiu. Domingo passei em casa para alimentá-lo, pensando se deveria usar um traje espacial para me aproximar. Mas o bichinho, tadinho, já estava se apegando: dormiu na minha cama (vou ter que queimar os lençóis, talvez!!!) e veio me cumprimentar todo amoroso, me reconhecendo. Morri de dó, mas era ele lá em casa e eu morando no prédio vizinho, se eu quisesse ficar com ele. Tive que optar e acho que Darwin me daria razão.

Entrei em contato com a veterinária e expliquei minha alergia galopante. Perguntei se ela o receberia de volta, para que outra pessoa o adotasse. Ela aceitou e anteontem lá fui eu de gato e cuia devolvê-lo. Quis chorar, e saí rápido antes que Michael percebesse que eu, sua dona-relâmpago-alérgica, não iria mais voltar. Os gatos sentem, os cachorros também. As relações às vezes vêm por um curto período de tempo, eu disse, mas nunca deixam de ser marcantes, por um motivo ou outro.

E é mais um Michael de que sentirei falta.


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Continho feminista

Era uma vez uma LINDA moça que perguntou a um lindo rapaz:

- Você quer casar comigo?


Ele respondeu:


- NÃO!!!!

..E a moça viveu feliz para sempre! Foi viajar, vivia fazendo compras, tinha roupas, sapatos e bolsas maravilhosas, conheceu muuuuitossss outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, trocou de carro, redecorou sua casa, sempre estava sorrindo, de bom humor e com a pele boa, pois não tinha sogra, não tinha que aguentar mau humor de homem, não tinha que lavar, passar, nunca lhe faltava nada, bebia champanhe com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela. O rapaz ficou barrigudo, careca, brocha, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois nenhum homem constrói nada sem uma MULHER.


FIM.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Eu tinha esquecido!!!


Saiu no jornal em 29/07/09!!!***

Valeu muito a pena ter escrito esse texto. O burburinho que ele provocou nas comunidasdes de fãs de MJ foi impressionante!

Não que eu quisesse causar qualquer polêmica. Como todo texto meu, só fiz com a intenção de me expressar. Mas fui chamada de tanta coisa, gente...

Disseram que o texto era infantil e desnecessariamente raivoso. Que eu dei a entender que Michael queria ser branco, que fui preconceituosa com os "novos" fãs.

Daqui do meu lugarzinho, sentada, eu só ria. Pensei em dar explicações e de fato cheguei até a postar numa comunidade bem famosa alguns esclarecimentos, mas depois o texto foi parar até num fórum de automobilismo (!!!) e as críticas continuaram, então relaxei...que entendessem o que quisessem, meu trabalho estava feito, minha alma de fã, lavada. Era muito óbvio que eu não pretendia dizer nada disso, basta ler com atenção. Mas a maioria das pessoas nao lê nada com atenção, e possivelmente uma das maiores falhas do julgamento do público em relação a Michael Jackson tenha sido essa: ninguém nunca se preocupou em olhá-lo de perto. Se o fizessem...bem, se o fizessem ele talvez ainda estivesse aqui!

Houve também reações muito positivas, a maioria, aliás. Posso até dizer que fiz alguns amigos.

Eu peço que vocês que me lêem considerem escrever de vez em quando. Que seja para si mesmos. É um dos processos mais catárticos e compensadores que existe e, vamos lá, dependendo do seu talento, pode até gerar frutos. Eu tenho planos e acho que o que eu escrevo vai me levar a lugares fantásticos um dia. Se bem que a maior viagem eu já faço: a do autoconhecimento.

Embarque também!

*** Agradecimentos ao Daniel Azambuja, que viabilizou a publicação!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Deu branco!



Estou irremediavelmente sem idéias. Bem, na verdade, idéias até que tenho muitas, mas são na maioria sobre um único assunto e eu não estou afim de me repetir aqui.
Aceito sugestões.


Momento Jesus, Me Abana!!!

Inspiração máxima!!! Esqueçam o que eu disse! Foi só abrir um dos muitos blogs de Twilight (que eu não olhava há algum tempo, prá ser sincera!) e a inspiração veio, livre e leve e LINDA como um ator britânico maravilhoso errrr...pássaro.


Vamos lá, NOVEMBRO, chega logo, chega LOGO!!!!




Ê, titio, dá uma mordidinha aqui!!!