terça-feira, 29 de dezembro de 2009

12 razões para ir ao cinema em 2010


8 de janeiro 'Sherlock Holmes', de Guy Ritchie

Robert Downey Jr. encarna o famoso detetive numa adaptação moderninha da obra de Conan Doyle. Jude Law e Rachel Adams também integram o elenco.

Jude Law E (não "OU" e sim "E") Robert Downey Jr. num filme só (dois gostosos, charmosos e um deles BRITÂNICO!!), falando do meu SEGUNDO detetive favorito (o primeiro é Poirot de Agatha Christie) E com direçãoo de outro britânico fantástico, Guy Ritchie. Sem condições de perder essa!


22 de janeiro 'Amor sem escalas', de Jason Reitman

Estrelada por George Clooney, a comédia já inicia o ano como uma das mais esperadas, já que é líder em indicações ao Globo de Ouro, participando da disputa em seis categorias. O diretor é o mesmo de "Juno", de 2007.

A direção promete, "Juno" é um filme excelente. E o "Mr. Nespresso" (Clooney) em geral não decepciona.


29 de janeiro 'Invictus', de Clint Eastwood

Morgan Freeman encarna o líder sul-africano Nelson Mandela nesse drama baseado em fatos reais. Matt Damon também está no elenco.

Possivelmente eu veja, por razões profissionais, heheheheeh!!!


12 de fevereiro 'O lobisomem', de Mark Romanek

O terror de época traz Benicio Del Toro como um homem que se transforma em monstro depois que é atacado por lobos. A superprodução traz efeitos especiais prometem impressionar e, de quebra, a atuação do veterano Anthony Hopkins.

Com certeza verei!! Mark Romanek era diretor de clipes e dirigiu alguns dos melhores vídeos de Madonna e Michael Jackson, nos anos 90. Além disso, a família Del Toro já se especializou em terror, seja bem escrito ("Noturno" de Guillermo Del Toro foi um dos melhores livros que li em 2009, tratando de vampiros) ou bem filmado, já que Benicio é um dos atores mais completos de sua geração. Se Anthony Hopkins combinado com suspense não é uma boa razão para ir ao cinema, então eu não sei mais o que é! Por fim, sempre é possível que haja um vampirinho pra quebrar o pau com os lobisomens em questão!


5 de março 'Ilha do medo', de Martin Scorsese

Depois do premiado "Os infiltrados", Leonardo DiCaprio volta a trabalhar com o diretor veterano nesse filme policial. Mark Ruffalo e Ben Kingsley também integram o elenco.

Alguém falou Mark Ruffalo??? TÔ DENTRO!!!! Além de que, ADOREI os Infiltrados, e se for no mesmo estilo, o DiCaprio será inspirador. E, por favor, Scorcese, né?? Não estamos falando do Afonso Brazza aqui!


2 de abril 'Alice no país das maravilhas', de Tim Burton

Com projeção em 3D, a superprodução faz uma adaptação pop do clássico de Lewis Carroll, misturando atores com animação. Com Johnny Depp e Anne Hathaway.

Não tem nada mais deliciosamente insano do que Burton e Depp juntos. E Anne Hathaway é uma das minhas atrizes atuais favoritas.


30 de abril 'Homem de Ferro 2' de Jon Fraveau

Robert Downey Jr. interpreta novamente o herói Tony Stark nessa sequência da aventura, que traz como novidade Scarlet Johansson no papel da Viúva Negra.

Quem viu o primeiro está se coçando pelo segundo. Enough said.


14 de maio 'Robin Hood', de Ridley Scott

Russell Crowe volta a trabalhar em parceria com o diretor de "O gladiador" nessa refilmagem. Cate Blanchett também está no elenco.

Ai, ai, ai...o problema é que ODEIO o Russel Crowe. Porque pela direção e pela Cate Blanchett bem valia....


30 de junho 'Eclipse', de David Slade

Na terceira parte da saga "Crepúsculo", lobisomens e vampiros devem trabalhar juntos para expulsar um grupo de vampiros maus das redondezas. Robert Pattinson e Kirsten Stewart repetem seus papéis no romance.

O grande enfrentamento entre o sangessuga e o vira-lata, com doses de cornice maciça, e possivelmente bem menos batom na maquiagem de Rober Pattinson. Imperdível!!


9 de julho 'Shrek para sempre', de Mike Mitchell

O ogro mais famoso do cinema ganha um quarto longa-metragem, em que Shrek se vê nostálgico, com saudades dos tempos em que tinha uma vida mais simples.

Se for realmente o último Shrek, valerá o ingresso.


6 de agosto 'Remember Me' de Allen Coulter

Remember Me traz a história de dois jovens, Tyler Roth e Ally Craig, vividos por Robert Pattinson e Emilie de Ravin. Tyler e Ally se apaixonam apesar de não terem nada em comum um com o outro, a não ser a dor de terem perdido seus entes queridos de forma trágica.

O grande lance desse filme, pra mim, é: como será que Robert Pattinson atua quando se depara com o papel de um sujeito "normal" que não faz mágica, não é traumatizado de guerra, não é geek, não é vampiro e - principalmente e graças a Deus - não atua de batom ao lado da Kristen Stewart?


13 de agosto 'Tropa de elite 2', de José Padilha

O fenômeno do cinema nacional ganha continuação, com Wagner Moura de volta ao papel de Capitão Nascimento. A trama começa 15 anos depois do final do primeiro filme e mostra o crescimento do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio (Bope) e a formação das milícias na cidade.

Eu AMEI o primeiro filme e tenho um tesão SEVERO pela atuação e pela pessoa do Wagner Moura.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Sejam felizes!

Sejam felizes, meus amigos, hoje, na noite da Natal e sempre.
Meus melhores votos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Crítica de Lua Nova (Parte II)

Direto ao(s) ponto(s), shall we?
1. Bonitinho, mas ordinário.
Eu precisei morder minha língua tantas vezes diante da performance pífia de Robert Pattinson nesse filme que ela saiu de lá dormente. O que é isso, companheiro? Quem viu The Bad Mothers' Handbook, Little Ashes, The Haunted Airman, quem viu Crepúsculo for crying out loud sabe que você poderia fazer melhor do que isso! Sem expressões, sem emoção, vago...a única explicação possível é que Robert esteja MESMO de saco cheio da fama, como anda anunciando por aí, e que não entende porque as pessoas são tão obcecadas por ele. Mais um filme atuando assim e eu acabo concordando!
2. The Sweet Hello, The Sad Goodbye.
A cena em que Edward abandona Bella é - por falta de uma palavra mais delicada - um lixo! Nem os bichinhos rastejantes da floresta poderiam acreditar que ele não a amava mais. Na verdade, Robert ia atuando razoavelmente bem até esse ponto do filme, e daí pra frente foi derrocada geral - e olha que ele só volta a aparecer mesmo no final! A cena foi feita com tamanha pressa e desleixo que a impressão é que um celular vibrava no bolso do ator, e ele estava ansioso para atendê-lo. De qualquer modo, sem a explicação do livro, onde Edward leva um tempo bem maior para abandonar Bella e o faz perceptivelmente abalado, não havia como salvar essa cena.
3. O seu cabelo não nega, mulata.
E que tal Jacob Black dando uma de Sandra Bullock e Jasper Hale de Shirley Temple? Tem gente que não fica bem de peruca, claro, mas tem peruca que não fica bem em gente - em ninguém. Pode ter certeza que são essas que os produtores arranjam pra Crepúsculo, desde o primeiro filme!


4. Compre Batom.
Marque a alternativa incorreta:
Onde deve estar o batom vermelho-cereja quando você pede sua namorada em casamento?
a ( ) Na boca da sua namorada
b ( )Na bolsa da sua namorada
c ( )Na mesa de maquiagem da sua namorada, no quarto dela, não importa, contanto que esteja bem longe de você!
d (X )Na SUA boca, porque você é Edward Cullen, o vampiro mais maquiado de todos os tempos.
Eu não posso mais com essa quantidade de batom nos vampiros!!! Um pouco mais de maquiagem e uns scarpins e todo o elenco masculino poderá participar da refilmagem de Priscila - A Rainha do Deserto.
5. Lobo Guará
Vocês conhecem os lobos-guará, aqueles lupinos raquíticos que nem sequer lembram lobos? Esse é o wolf-pack de Lua Nova, adolescentes magros feito varas, todos com a mesma bermuda. Me lembra um pouco a FEBEM.
E agora, senhoras e senhores, descubram como uma cena de dez segundos pode arruinar praticamente uma produção inteira! Ei-la:
6. Como será o amanhã? Responda quem puder.
A essa altura, qualquer um que tenha o mínimo interesse em Twilight já sacou que, um dia, no futuro, Bella Swan será uma vampira. Mas só esse diretor, num óbvio delírio-pós-chá-de-cogumelo, decidiu ilustrar o fato com uma cena de comercial de margarina.
Eu gostaria de conhecer uma só pessoa que não tenha sido tomada por uma onda de vergonha alheia ao ver isso no cinema. Eu engasguei com minha coca-cola. O que é essa roupa de Edward? De onde saiu esse vestido da Bella? Do guarda roupa da Noviça Rebelde?? Só faltavam os pássaros chilreando, veadinhos Bambi correndo em volta e Climb Every Mountain sendo interpretada por Kristen Stewart rodeada de um coro de crianças vestidas como órfãos da Segunda Guerra, enquanto Edward improvisava um balé russo, de batom e tudo.
Enfim, se seu gostei de Lua Nova? Claro! Como eu disse, em se tratando da saga Crepúsculo, qualquer paixão me diverte. Mas, no fim das contas, meu coração ainda bate mais forte pelo primeiro filme, o tosco, desarranjado e esverdeado Crepúsculo. E que venha Eclipse pra que eu pelo menos tenha uma melhor de três.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Noite sem lua: crítica de Lua Nova (Parte I)

Atenção: spoilers à frente!



Tinha que acontecer, depois de nove meses (uma gravidez!) de espera. Finalmente! Fui ao cinema em 20 de novembro como quem não esperava outra coisa da vida. Só a "preparação" foi um espetáculo à parte. Na noite anterior, eu havia ido ver pela terceira vez This Is It, o filme sobre os últimos ensaios de Michael Jackson e provavelmente o melhor filme do ano na categoria documentário, indizível. Quando cheguei ao cinema, achei que havia alguma ameaça de bomba: centenas, literalmente centenas de pessoas sentadas no chão. Só quando olhei direito é que vi que não eram quaisquer pessoas, mas sim adolescentes, e não estavam lá para ver Michael Jackson, mas Edward Cullen - era a pré (eu disse pré) estréia de Lua Nova. Pensei então no meu ingresso comprado com sei lá quantos meses de antecedência e na minha sessão à meia-noite e meia da noite seguinte: "tô ferrada!"
De fato, na noite seguinte éramos eu e mais três mulheres - na idade em que vemos nossa adolescência de binóculo - sentadas no chão em meio às garotas de 14 anos que tinham prova no dia seguinte. Foi inusitado, para não dizer divertido, especialmente porque não éramos as únicas próximas ou além dos 30 anos a estar quase pulando num pé só de ansiedade: as irmãs mais velhas da garotas de 14 anos e seus namorados e - coitados - maridos, também estavam lá. E muito, muito mais gente que isso. A fila tinha seguramente uns 50 metros e isso, dentro de um shopping, não é pouca coisa! Eu já vi aglomeração, eu já vi histeria, eu estive em estréias de Harry Potter - nada, nem de longe, se compara ao frenesi de Crepúsculo.
Depois de exercitar um verdadeiro esquema tático ("fulana corre na frente, segura dois lugares, eu vou pela direita, faço alguém tropeçar, derrubo pipoca no chão, distraio o atendente, você vai pela esquerda, escorrega no corrimão, se joga de boca nos lugares restantes, etc., etc.") finalmente conseguimos entrar e sentar - apenas com ferimentos leves! - e a diversão começou. Só que...não.
A sensação que eu tive ao ver Lua Nova pela primeira vez (e eu precisava rever - e revi - para ter melhor perspectiva) foi mais ou menos a que muitas mulheres têm ao fazer sexo também pela primeira vez: era isso?
Não que o filme seja ruim, melhor que Crepúsculo ele já é e, acreditem, isso é uma enorme vantagem. Mas é que...sabe? Eu queria lagosta e me serviram um prato de camarão. Tudo bem, eu adoro camarão, mas...tinha que ser lagosta! Não foi bem decepção. O que eu senti foi um anti-clímax, provavelmente resultante de meses acumulados de ansiedade. O conselho é velho, mas válido: sempre é melhor esperar menos de algo.
Mas, tudo bem. Meu amor pela série é tamanho, eu tenho tamanha identificação com os livros que se filmassem em Super 8 eu ia querer ver e provavelmente acharia um jeito de gostar. E vamos aos pontos positivos:

1. Parece um vampiro, move-se como um vampiro, então deve ser um vampiro. Obrigada, produção, por fazer com que os vampiros fossem não só de uma cor só como também que tivessem uma nítida diferença da pele dos "humanos". Esses caras estão agora parecendo mesmo gente morta. Bonita, mas morta. Também gostei das lentes de contato que "iluminaram" muito o rosto dos atores e lhes deram um ar mítico, como deve ser. E a movimentação, hein, que beleza? Quer cena mais deliciosamente vampiresca do que Victoria correndo dos lobos na floresta e um corvo voando filmado de cima, em câmera lenta, para dar a idéia da rapidez da moça? Sucesso total.

2.La bella Italia. A fotografia é muito mais bonita e interessante do que no primeiro filme, mesmo quando se trata só de Forks. Da Itália então, nem se fala, locações lindíssimas! A paleta de cores de dourados, amarelos e vermelhos escolhida pelo diretor é muito mais estimulante do que no filme anterior onde a floresta, as casas e as pessoas eram verdes. Bola dentro!

3. Brilha, brilha, estrelinha! Os efeitos do brilho na pele dos vampiros - ou do vampiro, pois só Edward aparece brilhando de fato - ficou excelente. O que foi descrito no livro como "pele que se fragmentava em milhões de diamantes" é o que realmente se vê na tela. E puxa, como Robert Pattinson brilha bem, vamos combinar!

4. Ninguém sofre como Kristen Stewart. Ninguém. Eu tenho um milhão de motivos a mais na vida para reclamar do que ela jamais vai poder pensar em ter e, ainda assim, não conseguiria sofrer com tanta categoria. Não sei de onde ela tira tanta urucubaca, mas a moça sabe passar desespero. E quem leu sabe que isso era imprescindível.

5.O tempo passa. Outubro-novembro-dezembro foi uma passagem linda. Eu me preocupei que não conseguissem retratar a sensação de vazio, imobilidade e dor de Bella nos três primeiros meses sem Edward, mas o recurso de câmera giratória, embora já conhecido, foi uma ótima saída. As fotografias que vão desaparecendo da parede à medida que as pessoas também vão se afastando da vida de Bella só deixaram a cena mais interessante.

6. Querida Alice. Fazer Bella tentar contatar Alice por e-mail, além de modernizar e dar mais realismo a história foi uma boa alternativa para que o espectador (principalmente o que não leu os livros) pudesse entender um pouco do sofrimento de Bella e seu vazio interior. Os e-mails repetidamente devolvidos reforçaram a sensação de desamparo.

7. Eu sou o Lobo Mau. Taylor Lautner. O filme é dele, da primeira à última cena. Talvez o risco de perder o papel tenha feito o garoto se dedicar à preparação física - pausa para um suspiro, e que a polícia não ouça - e psicológica do personagem como quem vai à guerra. Deu certo, ele é Jacob Black dos pés - passando pela barriga-tanquinho-viva-viva-que-beleza-vamos-parando-porque-é-crime - à cabeça. Sem mencionar que ele tem possivelmente os dentes mais lindos que eu já vi Digo, ele está atuando realmente bem. Sério. *Cof*Cof*Cof*. Sério mesmo.

8. Os reis da noite. Ah, os Volturi! A fina flor dos condenados, a realeza vampírica! A bichice e o refinamento elevados à décima potência, só atingidos pelos que possuem muitos séculos de existência. Os Volturi - Michael Sheen (Aro) mais do que qualquer outro - são irrepreensíveis. A cena da "tua cantante" é um enlevo. Fiquei sorrindo sozinha, no escuro.


9. Aqui, Rex! Os lobisomens são nem maiores, nem menores, nem mais e nem menos assustadores do que deveriam ser. Têm mais de cachorros do que de lobos, mas deve-se levar em conta que eles são monstrinhos do bem e, portanto, não precisavam ser coisas disformes. Tudo certo.


10. Everybody Loves Charlie. Billy Burke é, senão o melhor, um dos melhores atores do filme todo. Suas expressões de escárnio, descrédito e preocupação com a sanidade mental da filha são impagáveis. Todos os personagens humanos - e isso inclui Mike Newton, Jessica, Harry Clearwater, todos! - estão excelentes. Não foram poucas as vezes que, por causa deles, dei boas risadas. Muito bom o diretor ter dado esse destaque, sendo que no livro eles pouco aparecem.

A parte "negra" da review fica para amanhã. Vocês já caíram de sono aí?