Odeio pensar no acidente, isso me assusta. Penso no exato momento em que o carro bateu...como foi possível não sentir meus ossos se quebrando? Como foi possível não sentir dor naquele momento? Só senti medo, apenas medo. Senti tanto medo de morrer ali, sem ter dito ao meu pai que o amo, sem ter pedido perdão a minha mãe pelos meus erros, sem ter visto minha irmã de novo, minha sobrinha, minha irmã caçula...sem nunca ter ouvido minha irmã caçula dizer que me ama...
Há 3 dias fiz 30 anos; uma idade, para mim, inacreditável. Incrível que nunca pensei que pudesse chegar aos 30 e, ironicamente, quase morri antes. Eu nunca sonhei com os 30 anos, sempre temi essa idade, sempre a relacionei com "o início do fim". E quase foi mesmo o fim de tudo...
Por que têm acontecido coisas tão fortes na minha vida nos últimos 3 anos? O que estou fazendo de errado? O que estou fazendo de certo? Será que vou algum dia ter uma vida sem sustos?
Acho que agora não conseguirei responder a nenhuma dessas perguntas...mas tudo bem. Sinto-me extremamente jovem e ao mesmo tempo muito, muito velha...
Esse texto termina aqui, meio seco, eu sei...mas se eu escrevesse mais, agora, o faria por quem vai ler, e não por mim. E, no momento, tento ser indulgente comigo, pois já me culpei e me cobrei demais... :)
Isso me fez lembrar que além de ser "preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã" também é preciso dizer isto a elas... (Coisa que eu também não faço, infelizmente)
ResponderExcluirExistem coisas que chegam para nos fazer pensar. Eu já tive 30 anos, hoje tenho 300 anos, sou bruxa. Mas isso não nos tira, jamais, a liberdade de nos sentirmos sempre belas e jovens. No seu caso refeita para a vida, para as novas chances, para os novos momentos. Coisa de amiga para amiga. Um Beijo grande minha querida psicóloga.
ResponderExcluirÉ difícil ter força de olhar pra si mesma, como nessa situação que você está vivendo, minha amiga. E nada que a gente diga pode fazer algum efeito sobre você, sem que você se sinta forte o suficiente pra seguir em frente...
ResponderExcluirAcho que seu momento é esse: de superar, além do acidente; as fortes emoções que te fizeram abater em algum momento; de curar e restabelecer o que foi machucado e desgastado em você e nos que te cercam.
A minha certeza é a de que você é SIM, muito determinada e altiva...e que é difícil, mas não perder a fé é primordial pra viver os próximos 30 anos cada vez mais jovial e mais experiente...Carregando só o que de bom a vida de trouxe. Mesmo com as tragédias. Amo você!
Como eu já te disse antes, só mesmo passando por uma situação extrema como essa para entender o seu real sofrimento. Você sabe como é essa sua amiga, sempre tentando tirar algo positivo das experiências adversas. Você cresceu amiga e daqui pra frente saberá curtir a vida sem precisar estar no limite, como se o amanhã não fosse chegar (e quase não chega mesmo). O seu "quase" fim é apenas mais um dos seus "recomeços". Hoje li uma frase de Luiz Gasparetto que achei bem pertinente:
ResponderExcluirTudo tem começo e meio. O fim só existe para quem não percebe o recomeço.
Fique com Deus, minha amiga.
O acidente foi uma fatalidade e, se existe alguém que não o merecia é você! Mas tudo que acontece em nossas vidas, fatos extremos como estes nos fazem pensar. De repente é a vida querendo que você olhe noutras direções, ouse, mas eu também já sei que você ousa, que ousou mudar sua vida e que vai ousar mudar quantas vezes quiser e for necessário. Ou seja, tente perceber qual é o novo caminho que ela quer te mostrar. Seja qual for, eu estarei do seu lado, sempre! Afinal, a vida, destino, ou seja o que for te colocou em minha vida e a vida nunca colocou pessoas gratuitamente em minha vida, especialmente os que permanecem, como você! Fique bem logo que tem uma vaga de hostess para uma festa Anos 80 que a gente adora! Bjs
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